A alta nas vendas de implementos também foi registrada na comparação com igual mês do ano passado em setembro. No acumulado do ano, o segmento de reboques e semirreboques ganhou mais destaque
Em outubro, a indústria de implementos rodoviários apresentou desempenho de vendas equiparável a igual período de 2019. Dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (ANFIR) mostram que no mês foram emplacadas 11.936 equipamentos, 7,5% a mais do que as 11.099 unidades do ano passado.
Os dados da Anfir mostram, também, que o desempenho foi 4,3% superior ao de setembro. No período foram vendidos 11.442 implementos rodoviários no Brasil.
No acumulado de janeiro a outubro, a indústria emplacou 97.122 unidades, redução de 3% na comparação com igual período de 2008. Na época foram vendidos 100.123 equipamentos.
Na análise por segmento, os reboques e semirreboques tiveram resultado estável nos dez meses do ano, com volume de 53.642 unidades. A variação foi de 0,76% na comparação com 2019, quando foram emplacados 53.240 unidades dos equipamentos dessa categoria.
Nesta categoria, os implementos do tipo Silo foram os que mais tiveram variação positiva com alta de 168,66% na comparação com os 10 meses do ano passado.
Betoneira se destaca entre os implementos
No entanto, carroceria sobre chassi ainda está abaixo do ano passado. Segundo a Anfir foram vendidos 43.480 implementos dessa categoria de janeiro a outubro, 7,26% a menos na comparação com igual período de 2019, com 46.883 unidades. As betoneiras foram as que tiveram variação mais positiva com avanço de 51,95% sobre o ano passado
Presidente da Anfir, Norberto Fabris havia declarado para o Estradão em setembro, último, que a estimativa da associação é fechar o ano com 114 mil unidades. Se esse número for concretizado, haverá queda 5% na comparação com o resultado de 2019.
Fabris também havia dito que a preocupação para os próximos meses estão mais relacionada alta no preço do aço e com outras matérias-primas que já estão começando a faltar. Esse é o caso do aço importado, alumínio, cobre e até pneu. “Existe esse problema de falta de componentes, mas até o momento não sentimos a consequência. Contudo, o receio é que isso se agrave nos próximos meses”, comenta.
Segundo Fabris, o problema maior é o aumento do preço do aço que é regulado pelo mercado internacional. “Foram dois ou três altas expressivas nesse ano e essa é uma grande preocupação. Não sabemos o que vai acontecer por adiante”, diz. Na visão do executivo, se essa inflação do aço continuar, as margens de lucro e resultados das fabricantes de implementos poderão ser comprometidos.