Harley-Davidson Low Rider e Touring 2020: preços, equipamentos e impressões
Além da nova moto, a marca traz ao Brasil mais tecnologia para a sua tradicional linha Touring e CVO, de motos feitas para longas viagens. Finalmente, elas ganham controle de tração, além de ABS com atuação em curvas e assistente de saída em rampas.
O G1 rodou por estradas do interior de São Paulo com a Low Rider S, e também com Road Glide Limited, Street Glide Special e CVO Limited e conta como foram as primeiras impressões.
O que só quem andou na Low Rider sabe:
- Motociclista fica em posicionamento mais esportivo em cima da moto, comparado a outras motos Harley;
- Motor garante arrancadas bem fortes;
- Uma das melhores motos da marca para curva, tem trocas de direção ágeis;
- Tem pouca proteção aerodinâmica;
- Suspensão “chacoalha” um pouco em pisos irregulares.
Harley-Davidson Low Rider S — Foto: Guilherme Veloso/Harley-Davidson do Brasil
Claro, são modelos de preços bem diferentes – a Thruxton 1200 R parte de R$ 58.800 -, mas podem ter apelo junto ao mesmo público, que deseja uma moto clássica e de pilotagem menos monótona que uma custom mais tradicional.
Moto nostálgica
Mais nova integrante da família Softail, a Low Rider S foi apresentada no Brasil durante o Festival Duas Rodas 2019, apenas uma semana após ser revelada nos Estados Unidos.
Ela utiliza o mesmo chassi já visto em Fat Bob e Fat Boy, por exemplo, mas vai para um estilo completamente diferente.
Das motos normais do portfólio atual da montadora, tirando as exclusivas CVO, que são as mais luxuosas e com acabamentos especiais, a Low Rider S é a moto que mais parece uma customizada.
Guidão alto, rodas de 19 polegadas, na dianteira, e 16 polegadas, na traseira, assento monoposto e um farol redondo dão o ar de que a moto foi “mexida”, mas ela sai assim de fábrica.
Harley-Davidson Low Rider S — Foto: Guilherme Veloso/Harley-Davidson do Brasil
Esse é um detalhe que remete à extinta linha Dyna da Harley, que parou de ser feita em 2017 ao se juntar com a nova geração Softail. Inclusive, o nome Low Rider já esteve em uma moto da marca no passado e fazia parte desta linhagem que não existe mais.
Apesar de todo o estilo, que é inspirado em modelos customizados na Califórnia nos anos 80, a Low Rider S tem o acabamento bem simples. Nada é extremamente trabalhado, a sensação é de algo mais bruto e rústico.
Painel duplo em cima do tanque é bonito, mas nada prático — Foto: Guilherme Veloso/Harley-Davidson do Brasil
Mas como será que se sai andando? É nesse momento que a moto se destaca mais. Com o seu motorzão V2 Milwaukee-Eight 114, de 1.869 cc de cilindrada, o modelo consideravelmente “leve”, para uma moto Harley-Davidson, com seus 295 kg.
O torque de 16 kgfm dá uma “patata” ao acelerar, e o posicionamento mais esportivo da Low Rider deixa a moto divertida de pilotar. Seu guidão não chega a ser do estilo “seca-sovaco”, mas o braços ficam altos.
Durante o percurso de mais de 180 km, isso não chegou a incomodar – para um motociclista que tem 1,86 metros de altura –, mas pode se tornar um pouco cansativo para pessoas de menor estatura.
Harley-Davidson Low Rider S — Foto: Guilherme Veloso/Harley-Davidson do Brasil
Essa posição ajuda na pilotagem e torna o jeito de entrar nas curvas mais natural que em uma custom tradicional. Inclusive, a Low Rider S está entre as melhores Harleys em curvas. Ela é ágil nas trocas de direção, e isso se deve à menor inclinação da suspensão dianteira – o chamado ângulo de cáster.
Na Low Rider, ele é de 28º, 2º a menos que na Fat Boy, por exemplo. Com uma suspensão dianteira do tipo invertida (bem parruda) e um monoamortecedor na traseira, a moto está bem calibrada para manter a estabilidade em curvas.
Harley-Davidson Low Rider S — Foto: Guilherme Veloso/Harley-Davidson do Brasil
Preço alto
Com um acabamento simples e sem mais itens tecnológicos, além do ABS, a Low Rider S possui um preço alto para o conjunto que tem. A vantagem é que o dono não precisaria mexer nela, por exemplo, colocando o guidão alto ou o cúpula ao redor do farol, o que faria gastar mais alguns milhares de reais para deixar a moto como a Low Rider S.
Harley-Davidson Low Rider S — Foto: Marcelo Brandt/G1
Depois de muita espera, a linha Touring Harley-Davidson ganhou diversos controles eletrônicos de segurança. Mantendo a mesma mecânica vista na linha 2019 (relembre como eram os modelos), todas as motos têm agora os seguintes itens de série:
- Freios eletrônicos combinados;
- ABS ;
- Controle de tração;
- Embreagem deslizantes;
- Assistente de rampa.
Harley-Davidson Road Glide Limited — Foto: Guilherme Veloso/Harley-Davidson do Brasil
O aguardado controle de tração deixa as motos bem mais seguras, já que são modelos bem pesados e com grande torque, o que faz a roda traseira derrapar com mais facilidade nas acelerações. Além disso, o sistema chega com um funcionamento específico para curvas, a exemplo do ABS, que também ganhou essa função.
Harley-Davidson Street Glide Special — Foto: Guilherme Veloso/Harley-Davidson do Brasil
Ao fazer curvas com Road Glide Limited, Street Glide Special e CVO Limited, a tecnologia permite utilizar os freios também no meio de curvas sem fazer a moto perder a trajetória graças a correções eletrônicas que o sistema faz.
Harley-Davidson CVO Limited — Foto: Guilherme Veloso/Harley-Davidson do Brasil
Fonte: https://g1.globo.com/carros/motos/noticia/2019/12/26/harley-davidson-low-rider-s-e-linha-touring-2020-primeiras-impressoes.ghtml