Com a redução de tarifas, que chegou a 21% para o segmento industrial, conforme definido pela Arsesp, o gás natural ficou até 50% mais econômico para grandes consumidores em relação ao Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) – mais conhecido como gás de botijão.
Segundo o gerente executivo B2B da Comgás, Sergio Pais, a solução é bastante utilizada na Europa e vem crescendo no Brasil. “A Comgás vem oferecendo essa alternativa desde 2010, inicialmente através de um programa de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D). A partir de 2014, os resultados começaram a ser obtidos, com a conversão de aproximadamente 100 empilhadeiras por ano. No total, em nossa área de concessão, existem mais de 600 empilhadeiras operando com gás natural. E a nossa competitividade pode impulsionar ainda mais esses números”, afirma Pais.
Entre os fatores que influenciam a tomada de decisão de substituição de combustível – de GLP para gás natural – estão o fornecimento contínuo, a maior segurança operacional na etapa de abastecimento com a redução do movimento de caminhões dentro da fábrica para transporte e abastecimento de GLP e a diminuição do valor do seguro do imóvel por conta da retirada de combustível armazenado.
A fábrica de máquinas Caterpillar é a indústria que possui maior número de empilhadeiras convertidas para gás natural, com 115 equipamentos.
Para o engenheiro de Projetos de Manufatura da Caterpillar, Fernando César Slanzon, são várias as vantagens da utilização do gás natural. “É um energético que tem preço muito competitivo, menor que o do GLP. Elimina a necessidade de ter tanques de armazenamento de GLP, diminuindo os riscos de sinistro; evita a operação de abastecimento do tanque de GLP, reduzindo significativamente o risco de incidentes e acidentes, além de suprimir a circulação de caminhões-tanques na empresa”, diz Slanzon, que destaca ainda o fato de o gás natural proporcionar benefícios ambientais: reduz de 50% a 97% a emissão de monóxido de carbono, quando comparado ao GLP, e diminui a emissão de dióxido de carbono (CO2).
O sistema de compressão e abastecimento de gás natural é o mesmo utilizado em postos de combustíveis.
“O compressor é utilizado para elevar a pressão de disponibilidade do gás natural (1bar a 7 bar) até a pressão de abastecimento (220 bar). O sistema de compressão deve ser adquirido de fabricantes homologados no mercado, que fornecem e fazem a instalação dos equipamentos no cliente, bem como o treinamento dos operadores. O abastecimento é simples”, explica o gerente executivo B2B da Comgás, Sergio Pais.
A capacidade dos cilindros varia de 16 a 20 metros cúbicos de volume. A autonomia varia em função da forma de utilização da empilhadeira em relação à distância percorrida e cargas içadas e transportadas. Em uma indústria de vidros, por exemplo, a autonomia média é de 6 horas. Além das indústrias, a solução também é aplicável para empresas de logística.
Entre outros clientes da Comgás estão a Clariant (setor químico), Majopar (pisos cerâmicos) e Maxion (autopeças).
Fonte : investimentosenoticias