O mercado interno brasileiro fechou o semestre com 809 mil unidades emplacadas, entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. Isso representa uma queda de 38,2% em relação ao primeiro semestre de 2019. Em meio ao caos provocado pela pandemia do coronavírus, três carrocerias se destacaram ganhando não volume, pois a queda foi geral, mas participação de mercado.
De acordo com levantamento da Bright Consulting, as picapes médias cresceram de 8% para 9,2% até o fim de junho. SUVs foram de 21,5% para 24,6%, e hatches subiram de 39% para 39,8%. Se estes cresceram, quem perdeu? Sim, os sedãs. Esse que já foi o segundo maior segmento do país mantém viés de baixa, indo de 21,2% para 16,8%. Monovolumes e peruas também seguem em processo de extinção.
Em junho foram emplacados quase 133 mil autoveículos no país, de acordo com o Renavam, mais que o dobro (113%) de maio, porém 40% abaixo de junho de 2019. A única boa noticia vem do segmento de caminhões, que cresceu em junho 16,5% na comparação com o mesmo mês do ano passado, graças ao aquecimento do setor agrícola (extra-pesados) e dos serviços de delivery (caminhões leves).
A queda dos caminhões no acumulado do ano é de 19%, bem abaixo dos recuos dos automóveis e ônibus (40%), ou dos comerciais leves (31%), segmento que reúne picapes, furgões e vans. De acordo com a Anfavea (associação das montadoras), até a metade de março o mercado rodava 9% acima de 2019. Dessa forma, o segundo trimestre de 2020 pode ser considerado o pior na história moderna do setor automotivo brasileiro, com números similares apenas aos da nascente indústria do final dos anos 1950.
Fonte : autobuzz