O primeiro mês cheio de fábricas paradas e distanciamento social proporcionou o maior recuo na história do setor automotivo. As vendas de automóveis em abril foram de apenas 39.480 unidades, queda de 79% em relação ao mesmo mês de 2019. Os caminhões foram menos afetados pela pandemia, mesmo assim seus emplacamentos encolheram 53,5%. O maior tombo ocorreu no segmento de ônibus (81%).
No total de autoveículos, o emplacamento de quase 56 mil unidades representou uma queda de 76% sobre abril de 2019 e de 66% na comparação com março, mês que ainda teve uma ótima primeira quinzena, antes do fechamento das concessionárias. A média diária de vendas em abril foi de apenas 2,8 mil unidades, quando o ritmo normal é de 11 mil emplacamentos por dia.
A Anfavea (associação das montadoras) divulgará na próxima semana os números de produção, que deverão ser ainda piores que os de vendas, já que quase todas as fábricas passaram quase todo o mês de abril com portas fechadas, ou no máximo reparando respiradores e produzindo máscaras para ajudar no combate ao coronavírus.
À exceção das fábricas de máquinas agrícolas e de caminhões, que já estão retomando a produção para atender o período de colheita, as fábricas de carros só devem retornar à ativa entre meados de maio e final de junho, dependendo da montadora. Isso projeta um mês de maio um pouco melhor que abril, que pode ter sido o fundo do poço dessa crise sem precedentes.
Fonte: autobuzz